CNJ cria ferramenta para facilitar certificação de dados de pessoas privadas de liberdade

CNJ cria ferramenta para facilitar certificação de dados de pessoas privadas de liberdade

CNJ cria ferramenta para facilitar certificação de dados de pessoas privadas de liberdade

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) iniciou a implementação do novo Serviço de Autenticação Cadastral (Seac), desenvolvido para agilizar a certificação de dados de pessoas privadas de liberdade e facilitar a emissão de documentos para esse público. O Seac permite que servidores das administrações penitenciárias tenham acesso à Base de Dados da Identificação Civil Nacional (BDICN), mantida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que é a fonte de informações confiáveis para a emissão e a regularização de documentos.

A ferramenta simplifica e digitaliza o processo de checagem e validação dos dados de pessoas privadas de liberdade, que antes contavam com processos mais burocráticos, com a utilização de planilhas. O Seac deve auxiliar, ainda, a correção de problemas nos dados das pessoas privadas de liberdade, situação que atrasa o processo de emissão de documentos.

A Ação Nacional de Identificação Civil e Emissão de Documentos para as Pessoas Privadas de Liberdade é fomentada pelo CNJ por meio do programa Fazendo Justiça e diversos parceiros institucionais, incluindo as secretarias de administração penitenciária. O Seac começou a ser utilizado como projeto-piloto em setembro pelos servidores da administração penitenciária da Bahia e da Paraíba, dois estados que já coletaram as informações biométricas e biográficas de toda sua população carcerária.

Com apoio do Fazendo Justiça, o CNJ realizou treinamentos sobre o Seac para as equipes desses estados. “A formação foi bem esclarecedora. É muito mais prático ter um software para alimentação do que as planilhas físicas que enviávamos para o CNJ anteriormente”, afirmou a coordenadora do subcomitê de documentação básica do estado da Paraíba, Cizia Romeu. As sugestões dos servidores dos dois estados serão utilizadas para ajustes no Seac, que, até 2026, chegará a todo o país.

“O CNJ se preocupa em desenvolver ferramentas e serviços que tragam eficiência, transparência e controle aos fluxos inerentes ao sistema penal, conceitos presentes no Pena Justa. A confirmação de dados e a emissão de documentos para pessoas privadas de liberdade são fundamentais para garantir cidadania e direitos básicos a essa população, sobretudo na etapa do pós-cárcere”, explica o coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas do CNJ, Luís Lanfredi.

“O Seac é uma forma de qualificar a base de dados e simplificar o processo para os servidores, sobretudo nossos parceiros do Executivo, franqueando a eles um acesso à BDICN para ampliar a segurança na hora da emissão dos documentos das pessoas que estão sob custódia”, explica o juiz auxiliar da presidência do CNJ com atuação no DMF, Ricardo Alexandre da Silva Costa.

Expansão nacional e novas funcionalidades

No estágio atual de desenvolvimento, o Seac certifica de forma mais ágil os dados das pessoas que foram cadastradas por meio da Ação Nacional de Identificação Civil e Emissão de Documentos para Pessoas Privadas de Liberdade. São mais de 200 mil cadastros que já estão no sistema, provenientes da Bahia, da Paraíba e de São Paulo. A expectativa é que esse número chegue próximo a 300 mil até o final do ano.

Além disso, servidores do Judiciário que hoje utilizam o Banco Nacional de Medidas Penais e Prisões (BNMP 3.0) para registrar atendimentos poderão, no futuro, utilizar o Seac para certificar as informações das pessoas privadas de liberdade.

Após a nacionalização em 2026, terá início um novo projeto para que o Seac incorpore o Módulo de Documentação Civil, atualmente vinculado ao Sistema Eletrônico de Execução Unificado (Seeu). Esse módulo permite que as administrações penitenciárias possam gerenciar a emissão de documentos para pessoas que estão a seis meses de sair da prisão. Entre os documentos que podem ter emissão facilitada, estão a Carteira de Identidade Nacional, o RG, o CPF, o Título de Eleitor e o Registro Nacional de Migrantes.

Essa ação está alinhada às metas gerais do Plano Nacional Pena Justa: qualificação dos processos de ingresso (regularização da guia de prisão, identificação, saúde, situação social etc.) e singularização para custódia das pessoas privadas de liberdade com adoção de modelo em todos os estabelecimentos prisionais, código do indicador 2.2.9.3.2.1, e promoção da proteção de dados pessoais das pessoas privadas de liberdade no momento da coleta, da emissão e da utilização, código do indicador 2.2.9.6.2.1.

Texto: Pedro Malavolta
Edição: Nataly Costa e Débora Zampier
Revisão: Caroline Zanetti
Agência CNJ de Notícias

Foto: Rodrigo Duarte/TJMT

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