Servidores do TRE-AL participam de curso de Libras na Justiça Federal
Servidores do TRE-AL participam de curso de Libras na Justiça Federal

Servidores do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) e da Justiça Federal em Alagoas (JFAL) estão participando de um curso de formação na Língua Brasileira de Sinais - Libras. As aulas iniciaram na última segunda-feira (29) e estão sendo ministradas pelo professor Arnaldo Nascimento, que é surdo, com orientação de demais profissionais da área. As aulas acontecem no miniauditório da JFAL às segundas-feiras, das 14h às 17h.
O professor Arnaldo Nascimento justifica a necessidade da formação dentro de instituições públicas. “O objetivo do nosso curso é ensinar aos servidores a realização de um atendimento simplificado à comunidade surda, porque ter essa acessibilidade, essencialmente em órgãos públicos, é de máxima importância para a comunidade, especialmente para aqueles que necessitam do atendimento jurídico”, pontuou.
Ingrid Waleska, servidora do cartório da 1ª Zona Eleitoral de Alagoas, explicou que a relevância do curso não é só para o atendimento ao público, como também para sua vida pessoal. "O curso é bem interessante. Espero conseguir aprender Libras para ter uma comunicação mais eficaz, não só no atendimento, mas também na minha vida pessoal. Nunca pensamos que teremos que atender pessoas com necessidades diferentes das nossas. Já passei por uma situação de precisar atender uma pessoa surda, e a sensação que tive foi de impotência, por não saber me comunicar. Então, vejo esse curso como uma oportunidade de ter um aprendizado além dos atendimentos. É algo que vou levar para a minha vida mesmo”, conclui a servidora.
Neste primeiro contato, os 32 participantes tiveram apoio da coordenadora pedagógica Suzana Dória, que é fluente em Libras e na Língua Portuguesa. Ela enfatiza a importância da autonomia dos participantes de se comunicar com o professor, mesmo sem saber ainda os sinais corretos. “É muito importante falar diretamente com o professor para começar a exercitar o uso do corpo na comunicação”, explica Suzana.
O presidente da Comissão de Acessibilidade e Inclusão (CAI) da JFAL, juiz federal Felini Wanderley, está participando das aulas e destacou o viés social da formação. “Quando fazemos um curso de Libras, pensamos em todos. E esse é o nosso objetivo maior, trabalhar proporcionando acessibilidade e inclusão social para aqueles que necessitam acessar o serviço da Justiça”, afirma o magistrado.