4.ª edição do Caminhos Literários começa nesta quinta (3/7) com participação de adolescentes

4.ª edição do Caminhos Literários começa nesta quinta (3/7) com participação de adolescentes

4.ª edição do Caminhos Literários começa nesta quinta (3/7) com participação de adolescentes

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) promove, a partir desta quinta-feira (3/7), a 4.ª edição do evento “Caminhos Literários no Socioeducativo: pelo direito à cultura”. A abertura será transmitida ao vivo pelo canal do CNJ no YouTube e marca o início de uma série de atividades que reúne artistas, profissionais da cultura, representantes do Judiciário, do Executivo e adolescentes de 84 unidades socioeducativas do país.

Acompanhe a transmissão pela manhã  e à tarde.

Com o tema Adolescências em Cena, a edição de 2025 destaca o audiovisual como forma de expressão. A cerimônia de abertura acontece às 10h e, logo em seguida, às 10h35. A conferência “Do livro ao beat, da tela à rua: como contamos nossa história” reúne o rapper e escritor Rashid, o dramaturgo e jornalista Adalberto Neto, a atriz Cássia Valle, a cineasta Lia Letícia e a pesquisadora Renata Melo, com mediação da juíza-ouvidora do Supremo Tribunal Federal, Flávia Martins.

A partir das 14h, duas mesas completam a programação do primeiro dia: uma sobre políticas de cultura na socioeducação, com representantes do Ministério da Cultura, do Ministério dos Direitos Humanos e da sociedade civil; e outra sobre experiências com audiovisual realizadas no contexto do socioeducativo, em parceria com o Canal Curta, a Companhia das Letras, o Cineclube Raízes & Memórias e o Projeto Municine.

“A cultura é uma ferramenta poderosa para transformar vidas. O Caminhos Literários tem se consolidado como um evento único para que esses adolescentes desenvolvam novas formas de se expressar por meio da arte, criando espaço para a construção de novas trajetórias no futuro”, afirma o coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF/CNJ), Luís Lanfredi.

Em sua quarta edição, o Caminhos é realizado anualmente pelo CNJ desde 2022. Reuniu mais de 3,2 mil participantes certificados, entre adolescentes em medidas socioeducativas e servidores, e somou 287 unidades socioeducativas participantes nas três edições, além de registrar mais de 9 mil visualizações nas transmissões abertas ao público pelo YouTube do CNJ.  O evento é parte das ações do programa Fazendo Justiça, parceria entre o CNJ e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), e conta com o apoio do Canal Curta, do Grupo Companhia das Letras e da Editora Mostarda.

Acesse a programação completa do evento.

Participação das unidades

Na sexta-feira (4/7), as mais de 70 unidades socioeducativas de 25 UFs que participam do evento organizam dias culturais dentro e fora das unidades, desde idas ao teatro, cinema, museus e realização de workshops de fotografia e música. Nos dias 8 e 9 de julho, o evento segue com atividades exclusivas para adolescentes em cumprimento de medida, com rodas de conversa e mostra de experiências culturais. Destaque para a presença do rapper e cineasta Mano Cappu, no encontro Filmar É Escrever, e para o Estúdio Escola de Animação, que conduzirá o debate Traço em Movimento, com Luísa Müller e Iásio Neris.

Em ambos os dias, serão apresentadas as práticas selecionadas para a mostra nacional. O CNJ recebeu a inscrição de 66 iniciativas culturais de unidades de todo o país. Dessas, 28 foram selecionadas para compor a mostra de práticas culturais do evento.

Comunicação feita por adolescentes

Pela primeira vez, adolescentes das unidades foram capacitados para realizar a cobertura do evento com apoio técnico do Fazendo Justiça. Os encontros abordaram noções básicas de jornalismo, produção de texto e edição de imagens. “O envolvimento nas oficinas foi empolgante. Eles mergulharam nos debates sobre desinformação, sugeriram pautas e discutiram como contar as próprias histórias”, comenta Renata Assumpção, da Comunicação do Fazendo Justiça. “Mais do que aprender técnicas, se expressaram, refletiram e participaram da construção dessa iniciativa”, completa Leonam Bernardo, que também apoiou a formação pelo Fazendo Justiça.

Texto: Renata Assumpção
Edição: Nataly Costa e Débora Zampier
Revisão: Caroline Zanetti
Agência CNJ de Notícias

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